Eduardo de Oliveira

  • Nacionalidade: Brasileiro
  • Advogado, Jornalista
  • Conferencista, Professor e Escritor
  • Ativista do Movimento Negro
  • Nascimento: 06 Agosto, 1926
  • Falecimento: 12 Julho, 2012
  • Dados Biográficos: AQUI

Pensador da Diáspora

Negritude é um dos principais termos empregados por Oliveira ao longo de sua expressão artística que, em grande medida, torna-se um símbolo caracterizador de uma consciência arraigada e inerente à África longínqua e ancestral. Por essa razão, é indispensável recuperar a temática, considerando-se a relação histórica entre o movimento levado a cabo na primeira metade do século XX e a sua difusão pelo mundo.
Giovanna Soalheiro Pinheiro

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http://www.letras.ufmg.br/literafro/autores/28-critica-de-autores-masculinos/233-memoria-e-historia-na-poesia-de-eduardo-de-oliveira-reescrever-se-no-corpo-do-tempo-em-as-gestas-liricas-da-negritude-critica

Eduardo de Oliveira

Trajetória

Eduardo de Oliveira nasceu em São Paulo capital, a 6 de agosto de 1926, filho de Sebastião Ferreira e D. Henriqueta de Oliveira. Advogado, jornalista, conferencista político e professor, foi vereador em São Paulo por uma legislatura. Membro da Casa de Cultura Afro-Brasileira, da Associação Cultural do Negro e da União Brasileira de Escritores, de São Paulo.

Como poeta, estreou em 1944, com Além do pó, tendo publicado diversos outros títulos nas décadas seguintes. A obra de Eduardo de Oliveira, como acontece com muitos outros escritores afrodescendentes de seu tempo, isenta-se de buscar a inovação estética propugnada pelas vanguardas históricas do século XX, estando, ao contrário, influenciada pelas formas e procedimentos da tradição literária. A maior parte de sua produção poética é composta por sonetos e outras formas fixas consagradas.

Eduardo de Oliveira dedica-se também à música, sendo autor de letra e partitura do Hino 13 de Maio - Cântico da Abolição, oficializado pelo Congresso Nacional. Segundo Brookshaw (1983,176), Eduardo de Oliveira compõe junto com Oswaldo de Camargo uma dupla de escritores que “representa os sentimentos dos negros educados da classe média, buscando a igualdade em um mundo socialmente impessoal e etnicamente branco”. Para o crítico inglês, os dois se assemelham a Cruz e Souza “quanto ao anseio por dignidade e integração”.

Em 1978, participou do histórico primeiro número da série Cadernos negros, no qual inseriu o poema “Túnica de Ébano” que, mais tarde, serviria de título ao volume publicado em 1980. Em 1998, trouxe a público a enciclopédia Quem é quem na negritude brasileira, obra da mais alta relevância em termos de mapeamento da produção intelectual dos afro-brasileiros, bem como de todos os que se destacam nos mais diferentes espaços de afirmação social. O escritor faleceu em 12 de julho de 2012.

 

FONTE: LITERAFRO. Disponível em: http://www.letras.ufmg.br/literafro/autores/231-eduardo-de-oliveira. Acesso em 15 de fevereiro de 2022.

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Professor Eduardo de Oliveira - Biografia

Por Ele mesmo

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7' 19" | Eduardo de Oliveira