Achille Mbembe

  • Nacionalidade: Camaronês
  • Local de Nascimento: Otélé
  • Professor Universitário
  • Filósofo
  • Teórico Político
  • Historiador e Intelectual
  • Nascimento: 1957
  • Nome Completo: Joseph-Achille Mbembe

Pensador da Diáspora

Achille Mbembe (Camarões, 1957) é professor de História e Ciência Política na Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, África do Sul. Também leciona na Universidade Duke, nos Estados Unidos.
Trata-se de um dos pensadores mais proeminentes atualmente no que diz respeito aos estudos do pós-colonialismo, possui vasta obra publicada na área de História e de políticas africanas, estudando temas como poder e violência.
Além de Crítica da Razão Negra, entre seus livros mais conhecidos também estão: Políticas da Inimizade e Necropolítica.

Achille Mbembe

Trabalho

Seus principais tema de investigação são história da África, pós-colonialismo, ciências sociais e política. Embora seja chamado de teórico pós-colonial, em boa parte devido ao nome em inglês do seu primeiro livro, ele recentemente rejeitou o termo porque vê seu projeto como um trabalho tanto de aceitação quanto de transcendência da diferença, em vez de um retorno para uma terra natal original, marginal e não-metropolitana.

Suas principais obras são: Les jeunes et l’ordre politique en Afrique noire (1985); La naissance du maquis dans le Sud-Cameroun (1920–1960); Histoire des usages de la raison en colonie (1996); De la postcolonie. Essai sur l’imagination politique dans l’Afrique contemporaine (2000); Sortir de la grande nuit: Essai sur l'Afrique décolonisée (2003); e Critique de la raison nègre (2013).

Em sua obra central, De la postcolonie. Essai sur l’imagination politique dans l’Afrique contemporaine, Mbembe diz que o discurso acadêmico e popular na África é pego dentro de uma variedade de clichês presos a fantasias e medos ocidentais. Seguindo Frantz Fanon e Sigmund Freud, Mbembe defende que este retrato não é um reflexo de uma África verdadeira mas uma projeção inconsciente presa à culpa, negação e compulsão à repetição. Como James Ferguson, Valentin-Yves Mudimbe e outros, Mbembe interpreta a África não como um lugar definido e isolado, mas como uma relação tensa, entre si e o resto do mundo, que se desenrola simultaneamente nos níveis político, psíquico, semiótico e sexual.

Segundo Mbembe, o conceito de biopoder, de Michel Foucault, como um agrupamento de poder disciplinar e biopolítica, não é mais suficiente para explicar as formas contemporâneas de subjugação. Aos insights de Foucault sobre as noções de poder soberano e biopoder, Mbembe acrescenta o conceito de necropolítica, que vai além de simplesmente "inscrever corpos dentro de aparatos disciplinares". Discutindo os exemplos da Palestina, África e Cosovo, Mbembe mostra como o poder da soberania agora é encenado através da criação de zonas de morte, onde a morte se torna o último exercício de dominação e a principal forma de resistência.

 

FONTE: Wikipedia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Achille_Mbembe. Acesso em 10 de maio de 2022.